Entre o cinismo e a abulia, felizmente ocioso em seu desemprego voluntário, "The Dude" passa o dia em roupão com um copo de White Russian. O cocktel, que apesar do nome é finlandês e não soviético, tornou-se culto juvenil graças ao uso terapêutico que Jeff Bridges dá em "o grande Lebowski", comedia dos irmãos Coen ou "incombustível clássico fumeta": não será casual que o WR, ademais de uma bebida preparada com licor de café, é também o nome de outra variedade do reino vegetal (resultado do Google). Enquanto os Coen celebram a "Jewsploitation" e amanhã estréiam o filme "Um homem sério", o espectador indolente fica com aquele cara na farra e seu drink favorito. Celebrado como a bebida rápida para uma tia alcoólatra, o licor de café (seja o jamaicano Tia Maria, o mexicano Kahlúa ou o italiano Borghetti) combina o sabor de grãos de café torrados com álcool de cana de açúcar, baunilha, açúcar e a graduação etílica aproximada ao 20%. Sessentão, o Tia maria se prepara com o milionário café Jamaica Blue Montain (sim, Google oferece outro significado equívoco para a busca). E ao que uma lenda do Caribe da época dos piratas situe sua fundação mítica no século XVII, sua formula atual cunhou-se depois sa segunda guerra mundial: pela sua cremosidade este sommelier sugere agregar apenas um pouco na xícara de um expresso bem tirado, como entonamento etílico ou, diretamente, terminar do dia como o grande Lebowski e sua saga de hooligans niilistas junto com um russo branco.
Ingredientes:
20ml. de licor de café
50ml. de vodka
30ml. de creme de leite
(também pode-se agregar noz moscada)
Modo de preparo:
1. servir em copo de whisky (o que a cocteleria gringa chama de "old fashion"), bastante gelo.
2. Derramar o licor de café, depois a vodka e por ultimo deixar boiar na superfície o creme de leite.
3. Um barman profissional dirá que o segredo é agitar e não misturar. Com generosidade ou diganidade pós moderna, em roupão e pantufas, mas com o copo gelado na mão, brindar pelo hedonismo sem culpas e beber "on the rocks".