Contra a vanguarda

Com o lançamento neste sabado no diário do Ministério da Saúde Italiano, em defesa da saúde dos consumidores, plantou uma polemica entre os fogões e as cozinhas dos restaurantes deste país.
A ordem ministerial proíbe a utilização de alguns aditivos e produtos químicos, como o nitrogênio líquido, um dos ingredientes mais utilizados nas criações culinárias da chamada gastronomia molecular, cujo principal financiador é o chef espanhol Ferrán Adriá.

A batalha do governo italiano, acusado de obscurantismo pelos adoradores da cozinha experimental e aplaudido pelos adeptos da tradição culinária, começou ano passado, quando um popular programa de TV "Striscia la Notizia", denunciou o uso de produtos químicos nos alimentos, sem ser notificado ao desconhecido cliente.

O programa atacou duramente Ferrán Adriá e os componentes químicos contidos nos suas famosas e exportadas "texturas" e instou o Ministério da Saúde Italiano para proteger os consumidores à proliferação crescente de aditivos em alimentos, culpado de causar ás vezes, reações alérgicas.

O poderoso programa alcançado pela Secretária de Estado da Saúde, Francesca Martini, assinado em janeiro passado ante as câmeras da "Striscia la Notizia" ordem ministerial que entrou em vigor no último sábado.

"Chega de aditivos químicos nos alimentos. Com esse fim queríamos garantir a segurança do abastecimento alimentar em restaurantes italianos". Disse Martini.

A nova lei reafirma a proibição da utilização na alimentação de alguns elementos químicos nos alimentos que já eram proibidos por lei e compromete-se a notificar o clientes no menu de aditivos ou produtos que podem causar alergias incluído na receita.

"A cozinha italiana não precisa de aditivos, por que elas surgem da tradição e qualidade das matérias-primas", defendeu Martini.